sábado, 29 de março de 2014

Midnight Memories - capítulo 17: Quinta-feira.

~ Você on ~

Hoje já é quinta-feira, já provei quase uma semana da minha nova vida. Meu pai saiu de casa no domingo, e por um acaso, nesse sábado eu e minha mãe faremos uma nova visita ao shopping, na qual depois eu terei que me despedir de duas peças de roupa velha, esse foi nosso acordo. Ela disse que em três visitas estaria com meu guarda roupa pronto novamente.
E hoje também vai ser o dia em que a revista vai publicar a minha entrevista, ou seja, estou um tanto ansiosa para hoje. Eles falaram que pelas oito da manhã já estaria circulando, só espero que seja verdade.
Ah! E os comentários já quase inexistentes a respeito do meu beijo e do Louis vão voltar com intensidade agora, mas é preciso, fazer o que, né?
Peguei minhas coisas e encontrei Emily na escola.
__ É hoje? - Ela me perguntou sem necessidade, já que ontem ela havia perguntado "É amanhã?" e antes de ontem "é depois de amanhã?" e assim consecutivamente.
__ É. - Concordei.
Ela respirou fundo como se o negócio fosse com ela. Olhei pelos corredores e mais uma vez não vi nem a Barbara, nem a Lindsay e nem a Poppy. Ultimamente Kate e Bethany andavam juntas e faziam menos muvuca que o normal.
__ Você tem notícias delas? - Perguntei e Emily entendeu de quem eu estava falando.
__ Não. Não falo com a Lindsay desde, desde... você sabe. - Ela se referiu ao dia em que ela havia ficado do meu lado. Ao dia que eu desmaiei bem na frente do Louis.
É. Não era um dia muito bom par nenhuma de nós.
Suspirei e fomos às nossas aulas...
Pude sentir o efeito da entrevista logo no intervalo, onde parecia que uma pessoa conseguiu comprar a revista.
"Nossa, ela disse isso mesmo?" eu ouvi uma garota dizer. "Disse, ele não teve culpa de nada!" outra respondeu "Foi pego de surpresa!".
"Não acredito!" A mesma garota falou de novo. "Então olha aqui!" respondeu a outra entregando a revista para ela.
Pude ver logo na capa uma foto minha realmente muito desengonçada. É, meus tempos de uma semana atrás, antes de renovar o guarda roupa e comprar algumas maquiagens...
É claro, que já estavam todos olhando para mim novamente e cochichando, mas pelo menos eu estava arrumando as coisas pro lado do Louis. Mesmo que ele continuasse me odiando, pelo menos a vida dele estaria direito agora.
O resto da aula passou lentamente, provavelmente porque eu estava louca para ver o meu exemplar da revista que me aguardava em casa. Eles tinham me mandado ontem, mas não tive coragem de olhar. Agora eu me arrependia disso...
Bateu o sinal e eu saí correndo para casa. Não sabia se aguentaria mais um segundo. Emily foi comigo, ela também estava muito ansiosa, mais que eu para dizer a verdade, e isso já estava me irritando...
Cheguei em casa e já peguei a caixa que tinha em cima da minha cama.
Ainda me prestei para fazer um suspense e olhar para a cara da Emily antes de abrir.
__ Abre logo! - Ela falou. E eu obedeci.
Peguei o exemplar em minhas mãos e fixei o olhar na capa. Em um canto havia uma foto minha, a que haviam tirado no estúdio. Procurei rápido e logo achei a página que tinha a minha entrevista.
Juntas, eu e Emily lemos a entrevista. Constatei que cada vírgula do que eu disse estava em seu lugar, e fiquei satisfeita com isso.
__ Eu ainda não acredito que você mentiu para proteger ele...
__ Eu fiz e tá feito! - Respondi.
__ Tudo bem! - Emily concordou.
Logo depois que minha mãe chegou em casa e viu a revista ela disse:
__ Teve bastante repercussão isso hoje, mas muitas pessoas estão achando que isso não seja realmente verdade. Alguns sites estão até fazendo uma análise da foto e dizendo porque a sua versão não bate com a foto.
Fiquei um pouco preocupada com a notícia, mas me acalmei e me controlei para não entrar no site.
~ dia seguinte ~
Voltei da aula e tudo estava tranquilo, até no meio da tarde a campainha tocar e eu deixar Emily sozinha para ir atender.
Era... O Louis.
__ Oi... - Eu comecei a falar, mas não deu tempo de terminar porque ele já me pegou em um beijo surpresa...

Continua... _____________________________________________
Eu sei que esse capítulo ficou pequeno, principalmente depois do tempo de espera, mas teve vários fatores que o atrasaram: fiquei duas semanas sem computador, minha internet caiu e ficou fora dois dias, tive uma prova de matemática para estudar (a pior matéria de todas na minha opinião) e tive um breve bloqueio de criatividade. Mas também estava tentando criar um estoque grande de capítulos e pesquisando sobre melhorias para o blog.
Espero que não queiram me matar! Malikisses...

quinta-feira, 27 de março de 2014

Tempo sem postar

Meninas, me desculpem mesmo ter ficado todo esse tempo sem postar, mas prometo que essa semana já vou postar, estou escrevendo alguns capítulos de MM. E sobre a fic do Harry qual algumas já me cobraram é o seguinte: mês que vem eu anuncio oficialmente ela no blog, só vou acabar a primeira temporada de Midnight Memories, que é minha prioridade. Me desculpem por esse mês de espera. Animem-se! No máximo amanhã ele acaba!
Malikisses e bjokas...

sábado, 1 de março de 2014

Midnight Memories - Capítulo 16: Amizade Materna

~ Você on ~


Eu estava completamente arrasada com a briga com o Louis. O pior é que ele não acreditou em mim, o que não faz sentido nenhum! Ele por um acaso sabe usar o cérebro?

Se eu só tivesse querido "fama", como ele disse eu teria começado a sair mais com ele, teria ido a vários locais públicos de dia com ele, de preferência onde houvesse mais pessoas! Mas eu não sairia de madrugada, e outra, não fui eu que resolvi ir ao Leadenhall Market, foi ele quem me levou, e de surpresa ainda!
E só mais uma coisinha... Se eu quisesse ficar de bem com ele eu não postaria em um blog meu, com o meu nome nele. E se eu postasse, não diria pra ele depois que não tinha sido eu. O que ele tinha na cabeça pra achar que tinha sido eu?
Se eu fosse uma aproveitadora, ficaria ao lado dele em público o maior tempo que eu pudesse, não tentaria me afastar dele como eu fiz por causa da chantagem. Não está meio que óbvio não que não fui eu?
Suspirei e me ajeitei no banco em que eu estava sentada, no mesmo banco em que eu tinha conhecido o Louis. Porque eu não queria fugir dele, eu queria persegui-lo. Eu sabia que ele não tinha culpa em ser burro. Mesmo que toda a burrice dele o fizesse me magoar.
Já estava escurecendo e eu fiz uma coisa que eu nunca nem imaginaria fazer em uma semana atrás, liguei para minha mãe.
__ Alô? - Ela atendeu.
__ Oi, mãe. - Eu falei.
__ Seunome? - Ela perguntou preocupada. - O que aconteceu?
__ Eu só queria avisar que eu estou aqui na praça, aquela à umas cinco quadras de casa sabe, onde eu vinha com a vovó quando eu era pequena.
Ela respirou fundo antes de falar duro comigo.
__ A praça que está quase sempre vazia? Sabe o perigo de lugares quase desertos...
Eu sabia sim. Você corria o risco de conhecer um cara legal, se apaixonar por ele, depois ser vítima de uma chantagem sem fundamento e acabar pagando pecados que você só pode ter cometido em vidas passadas!
Mas dessa vez a praça não estava tão deserta, havia algumas criancinhas com as babás. Essa praça não era deserta de dia, ela era deserta de noite.
__ Tem muitas pessoas aqui mãe. Não está deserta.
Ela pareceu pensar um pouco.
__ Não está? São estranhos? Homens? - Ela perguntou e eu sorri com a preocupação dela, ela não estava sendo do jeito que costumava ser. Há duas semanas atrás ela estaria gritando comigo no telefone já pelo simples fato de eu ter ligado pra ela, depois ela gritaria comigo por eu estar em um lugar "deserto" e nem deixaria eu explicar que não estava deserto. E sem se esquecer que chegando em casa, eu estaria de castigo até entrar na faculdade.
__ Não mãe. Crianças e mulheres por aqui. - Eu falei e ela se aliviou.
Eu entendia o porque de ela estar achando que a praça estaria deserta, eu me surpreendi em vê-la cheia de gente. Fazia tempo que eu não vinha aqui de dia, eu geralmente vinha quando era madrugada.
__ Então tudo bem, mas volte antes das oito para casa mocinha. Eu quero te ver lá em casa às oito, OK?
Eu sorri.
__ Ok. - Concordei. - Tchau.
__ Tchau, filha. - Ela falou e desligou o telefone.
Olhei a hora e era quinze para as sete, então eu tinha uma hora ainda para pensar.
Eu tinha que resolver a minha vida!
Eu não posso deixá-la essa confusão, esse monte de problemas. Então me lembrei que o meu nome era citado no site da tal revista que o Louis falou.
E se eu entrasse em contato com ela e desmentisse algumas coisas, eu não poderia desmentir o beijo. Isso não tinha condições, mas eu poderia diminuir as coisas pro lado do Louis e também pro meu lado, eu podia falar que o blog que postou a foto não era meu. Isso ia descomplicar um pouco as coisas. E de saída, depois disso, seria bom eu fazer algo para relxar e para esquecer dos problemas... A ida no shopping! Eu podia aceitar o convite da minha mãe para esse final de semana, não seria ruim fazer umas compras, eu não tinha mais roupas diferentes fazia uns dois anos, e a minha sorte foi que eu comprei algumas roupas grandes. Agora eu só usava duas calças diferentes e umas quatro blusas. Talvez eu fosse um tanto, digamos, mendiga de aparência.
É, estava decidido! Eu já tinha planos para sábado, e para amanhã...
Mas talvez, fosse melhor falar com a minha mãe antes... ela poderia me ajudar, pelo menos nessa nova fase dela...
Suspirei e olhei em volta. Vi um vulto tropeçando em direção ao banco em que eu estava sentada.
Pensei em sair dali e ir mais para perto onde estavam as babás e as crianças, mas até elas já estavam indo embora. O meu meio seria correr mesmo para casa. Então eu percebi os olhos azuis e inchados do bêbado que se aproximava e percebi quem ele era.
__ Você! - Ele falou para mim quando chegou a uns dois metros de distância. - Olha o que você fez!
Ele não estava totalmente bêbado, mas ia ficar, principalmente pelo tamanho da garrafa que ele carregava na mão.
__ Louis! Você não tá bem. - Falei me levantando. - Você está bebendo demais! Me dá essa garrafa aqui. - Pedi preocupada com o estrago que ela pudesse causar.
__ Você não se importa! - Ele quase gritou. - Olha o que você fez! Arruinou minha vida! Queria não ter beijado você!
As babás que ainda estavam na praça começaram a se afastar para mais longe de nós.
__ Eu não queria... - Falei baixo, mas fiquei sem palavras. Então... então ele não queria me beijar? Por que beijou então?
__ Você é a pior pessoa que eu já conheci na vida! - Ele gritou. - Eu te odeio!
Então ele saiu tropeçando pro lugar de onde ele tinha vindo.
E eu fiquei parada no lugar onde eu estava. Paralisada. Ele me odiava? O homem que eu amava me odiava?
Eu não conseguia pensar em mais nada. O único cara pelo qual o meu coração escolheu bater mais forte me odiava. Depois de ter me beijado, ele ainda me odiava?
Então uma vozinha falou na minha cabeça: Ele devia ter lhe beijado por pena.
Então eu desabei em lágrimas. Então o Louis só tinha me beijado porque tinha sentido pena de mim?
Tentei parar com as minhas lágrimas, e quando elas estavam controladas cheguei em casa.
Eram recém sete e meia. Eu podia ter ficado mais um tempo no parque, mas isso me relembraria duas vezes por segundo aquelas palavras: Você é a pior pessoa que eu já conheci na vida! Eu te odeio!
Eu te odeio!
Eu te odeio!
Eu te odeio!
A voz do Louis ficava se repetindo na minha cabeça.
Então chegaram minha mãe e meu pai.
Minha mãe foi até o meu quarto quando chegou e ficou aliviada em me ver ali. Mas aliviada de um jeito diferente das outras vezes. Antes ela ficava em saber que eu a obedecia, hoje ela parecia aliviada por eu estar segura. Mas então ela notou meus olhos inchados e vermelhos...
__ Você estava chorando? - Ela me perguntou.
Eu apenas assenti.
__ O que aconteceu? - Ela me perguntou sentando-se ao meu lado na cama.
__ Ele brigou comigo hoje comigo na praça. - Eu só falei ele, mas ela sabia de quem se tratava.
E por isso, caridosamente, ela me abraçou.
__ Eu ouvi direito, você disse praça? Você saiu de casa Seunome? - Meu pai estava na porta do meu quarto. Bravo. - Você está de castigo! E quem é ele?
Eu fiquei paralisada.
__ Um amigo dela... - minha mãe começou a falara.
__ Amigo? Amigo? Você tem um amigo?
__ Sim... - Falei baixo e nervosa.
__ Algum problema? - Minha mãe perguntou.
__ Como é? - Meu pai olhou furioso para ela. - Está acobertando-a?
__ Ela não está fazendo nada de errado. - Minha mãe o desafiou e se levantou.
__ O que é isso? - Meu pai gritou.
__ Eu só estou cansada de você controlar a minha vida e a de Seunome! - Ela respondeu à altura. - Ela já tem idade de tomar as próprias decisões. Eu não via isso, você não vê...
Meu pai olhou furioso para ela.
__ Ela não tem idade de nada! É uma criança... - Ele falou rabugento.
Minha mãe realmente estava farta! Ela estava gritando com o meu pai! Não sei omo eu nunca vi que o jeito controlador dele a irritava.
__ Aceita! Ela cresceu! Está quase adulta!
Ele balançou a cabeça negando e resmungando alguma coisa de mau humor saiu pisando duro para o quarto.
__ Obrigado. - Falei para minha mãe assim que ela olhou para mim.
__ Só estou defendendo o lado certo. - Ela falou antes de sair do meu quarto também.
Depois dessa eu nem conseguia dormir. Era informação demais para a minha cabeça...
Minha mãe brigando com o meu pai por minha causa, pra me defender...
Louis brigando comigo injustamente, sendo que eu não tive culpa de nada, a não ser de estar apaixonada, mas mesmo assim não foi por gosto...
Minha cabeça deu umas quantas voltas antes de eu dormir.
E antes de eu me acordar às  duas horas da manhã com uma briga entre os meus pais, eu nunca tinha presenciado isso na minha vida inteira!
Logo depois ouvi passos passando na frente da minha porta, antes de cair no sono de novo...
Quando me acordei na quarta-feira a única coisa que eu pensei era que tudo não tinha passado de um sonho, ou melhor, de um pesadelo. Isso até eu encontrar meu pai deitado no sofá da sala.
Me arrumei rápido para estar fora de casa o mais rápido possível.
Depois que eu finalmente saí de casa relaxei um pouco, era óbvio que eu ainda tinha alguns problemas, corrigindo, muitos problemas, mas... eu não podia resolver eles agora, nem teria condições....
Aguentei ainda comentários a meu respeito na escola. Não era possível que as pessoas ainda achassem graça de falar de mim! Isso já não está velho o suficiente?
Mas, provavelmente graças a Emily, eu estava quase de boa. Falei com ela sobre a minha ideia de falar com a revista, mas ela não entendeu direito.
__ Então você vai pedir pra eles te deixarem em paz? - Ela perguntou confusa.
__ Não. Eu vou explicar tudo e dizer que não fui eu que coloquei a foto na rede.
__ Ah! - Ela falou.
Depois da aula fui para casa e para a minha surpresa minha mãe estava lá.
__Oi. - Ela falou com os olhos inchados.
__ Oi.  - Falei analisando-a. - Pensei que você ia estar no trabalho.
__ Eu pedi uma folga. - Ela falou.
__ Por que? - Perguntei confusa.
__ Para arrumar as coisas. - Ela falou e balançou uma caixa de papelão em sua mão.
Notei que na caixa estava escrito o nome do meu pai e rapidamente associei àquilo.
__ O que está acontecendo? - Perguntei nevosa.
Ela suspirou e me convidou a sentar no sofá.
__ Logo depois que você saiu hoje para o colégio, eu e seu pai conversamos sério... e nós decidimos, que talvez, fosse melhor dar um tempo.
Eu olhei incrédula para ela.
__ Como assim dar um tempo?
Ela suspirou.
__ Seu pai está vendo um apartamento pequeno pra ele se mudar. Eu estou arrumando as coisas dele. Eu e ele não... não somos mais felizes juntos, talvez seja melhor nos separarmos.
As palavras me atingiram com um BAQUE!
__ Separar? - Perguntei cética para ela.
Nos olhos dela se formavam lágrimas...
Não consegui fazer mais nada além de abraçá-la bem forte e ela retribuiu o meu abraço.
Depois ficamos em silêncio nos olhando e ela me perguntou:
__ Você está melhor?
__ Vou ficar.
__ Gostaria de desabafar? Pode saber que aqui tem um ombro amigo.
Sorri fraco pra ela.
__ Digo o mesmo.
Ela sorriu fraco pra mim também.
__ Mas agora é a sua vez.
__ Ok, - falei. - Eu sei que não é a hora certa pra falar isso, e que provavelmente eu vou estar sendo muito insensível, mas eu preciso da sua opinião e da sua ajuda.
__ Pode dizer.
__ Eu pensei em marcar uma entrevista com a primeira revista que repassou a notícia e explicar tudo. Ou pelo menos, tentar. - Pela cara dela eu soube que ela entendera à que notícia eu me referia.
__ Acho que você está mais que certa. - Ela falou com o seu lado advogada. - Eu vou te ajudar e vou com você. Marque para o quanto antes, eu sei como isso vai ajustar a sua vida.
Eu sorri pra ela e mais uma vez nos abraçamos... estava lindo aquele momento de mãe e filha...
~ sexta~
Eu tinha marcado a entrevista com a tal revista para hoje às cinco horas da tarde.
Eu já tinha pensado em tudo o que eu ia falar, estava tudo bolado dentro da minha cabeça, agora é só ir lá e fazer direito.
Minha mãe ia ir junto e estava me ajudando muito.
Já quanto ao meu pai, eu não estava o vendo muito. Ele já havia achado um apartamento para ele e no domingo ele ia se mudar.
Nada conseguia me tirar da cabeça de que o motivo da separação deles era euzinha. Mas minha mãe me falou: Você não é o motivo, em momento algum pense isso. Eu e seu pai já não estávamos nos acertando fazia tempo. Estávamos infelizes e brigávamos já antes, só tomávamos o cuidado de não ser na sua frente. Confesso que eu já estava pensando na separação faz algum tempo.
Isso não me tranquilizou muito, não pensar que meus pais não eram felizes, que não eram felizes juntos...
Mas o que eu podia fazer? Não ia obrigá-los a morar na mesma casa por minha causa se eles não estariam felizes. Eles mereciam mais que isso, mais que uma mentira.
Agora eu estava na escola, no refeitório mais precisamente, colocando Emily a par de toda situação.
__ Garota eu não sei como você aguenta! Seus pais estão se separando, tem pessoas falando de você em todo o lugar que você vai. Tem um grupo particular de haters, o cara que você gosta está de mal com você... Como você consegue? - Eu não entendi se Emily estava me elogiando, tentando me deixar melhor ou pior.
__ Não sei, não consigo. - Falei sem vida.
__ Que horas é a entrevista com a revista mesmo? - Ela me perguntou.
__ Às cinco. - Respondi sem ânimo pela quarta vez.
__ Desculpa, mas eu estou nervosa.
__ Por que?
__ Estranho, não? Não é comigo, mas é que é com você, e sabe, tipo você é minha amiga, o que acaba me deixando nervosa também. - Ela falou rápido. Uma coisa que eu havia descobrido sobre Emily, é que quando ela está nervosa, ela fala rápido demais.
__ Se acalma. - Falei tentando fingir que eu também não estava nervosa.
__ Sim. - Ela falou respirando fundo. - Mas você já sabe tudo o que você vai falar?
__ Sim. - Respondi sem vida mais uma vez.
Então o sinal toca e entramos para a aula.
__ Boa sorte. - Emily fala na hora da saída.
__ Obrigada. - Falei. Mas o que eu realmente precisava era de CORAGEM.
Voltei pra casa me arrumar para a entrevista. Coloquei a minha melhor roupa, ou pelo menos, a menos pior.
Logo chegou a minha advogada.
16:30 saímos de casa e fomos para o hotel em que marcamos a entrevista.
Chegamos lá com alguns minutinhos de sobra, e a mulher da recepção nos guiou até uma sala de reunião onde aguardamos o pessoal da revista chegar.
__ Olá. - Falou uma mulher apresentavelmente séria, com saia social e óculos estilo setária com o cabelo preso em um coque sofisticado enquanto entrava na sala.
__ Olá. - Minha mãe respondeu à altura. Minha mãe também estava "social", mas ao invés de saia ela havia optado pela clássica calça de cetim.
__ Oi. - Falei sem nenhuma formalidade, ao contrário delas.
Logo atrás da entrevistadora entrou um cara com um gravador e um outro, também de óculos, com uma outra mulher. Essa outra garota parecia ser mais jovem e ainda por cima tinha um cabelo ruivo que me deu inveja. A roupa dela não era tão pomposa e formal quanto as dos outros.
__ Vou nos apresentar. - Falou a mulher séria. - Sou Florence. Esse é Carlos. - Ela indicou o cara do gravador. - Aquele é Adam. - Ela indicou o cara que agora ´pegava um notebook. - E esta é Jessica. - Ela indicou a ruivinha.
__ Oi. - Ela falou sorrindo e eu retribuí o cumprimento.
__ Então, Seunome? - Ela me perguntou.
__ Sim. - Concordei.
__ E...? - Ela perguntou para minha mãe.
__ NomeDela. - (gente nome dela é para vocês colocarem o nome da mãe de vocês ou o nome que vocês preferirem).
__ Bom, podemos começar então?
__ Sim. - Eu respondi. Minha mãe tinha prometido que não falaria nada e que só ficaria na sala se fosse preciso.
__ Carlos... Pode acompanhar NomeDaSuaMãe à um cafezinho?
Ele assentiu e os dois saíram da sala.
Adam substitui-o no gravador.
__ Então, é realmente um prazer estar aqui com você para nos explicar tudo sobre o ocorrido. - Ela falou.
__ Eu digo o mesmo. - Falei tentando ser o mais formal que eu pude, mas sabendo que aquilo não ia dar certo.
__ Posso fazer algumas perguntas? - Ela me perguntou com uma cara que mostrava que se pudesse não estaria gastando seu tempo com uma adolescente problemática.
__ Claro. - Respondi com quase a mesma cara. A única diferença era que eu só preferia que ela não fosse tão "indiferente" comigo.
__ Você conhece Louis Tomlinson há quanto tempo?
__ Pouco. - Respondi.
__ Vocês são amantes? - Ela perguntou maldosa.
__ Não! - Respondi rápido perdendo toda a formalidade. - Não mesmo. Somos conhecidos.
__ Mas vocês foram flagrados aos beijos em praça pública... - Ela comentou maldosa mais uma vez.
__ Não foram aos beijos. - Corrigi. - Foi um beijo só. E por minha intenção, Louis foi pego completamente de surpresa. - menti de modo convincente.
A entrevistadora fez cara de decepção e seu pensamento "Estou perdendo meu tempo" aumentou.
__ Então ele não é responsável pelo beijo? - Ela perguntou com uma cara de poucos amigos.
__ Não. - Respondi. - A culpa foi toda minha.
__ E você aproveitou o momento para tirar uma foto e postar em seu blog, certo? - Ela perguntou dessa vez tentando me liquidar.
__ Não, errado. - Falei sentindo um prazer ao ver a cara de decepção dela. Jessica pareceu sentir o mesmo que eu. - Eu não sou dona do blog que postou a foto, na verdade não sei quem é o dono.
__ Então você não tirou a foto? - Ela perguntou respirando fundo.
__ Não. Não sei quem tirou.
Ela cerrou os olhos me olhando mais uma vez.
__ Mas você disse que Louis e você são conhecidos... de onde vocês se conhecem? - Ela me perguntou e me deixou numa pior.
Eu não podia dizer que Louis estava perambulando de noite por uma rua deserta, ia ter o efeito contrário do que eu queria passar.
__ Uma vez eu pedi um autógrafo para ele na rua e paramos para conversar por alguns minutos.
Ela sorriu maldosa para mim.
__ E isso para você é ser conhecido? Ele deve parar para dar autógrafos à milhares de fãs por dia, isso não os torna conhecidos dele.
Eu tive que me controlar para não pôr tudo a perder. Era óbvio que ela queria me irritar porque sabia que eu estava escondendo alguma coisa.
__ Então não somos conhecidos. - Respondi seca.
Ela ficou um tanto decepcionada, mas se recompôs quase que no mesmo instante.
__ Tem mais algo a declarar, querida? - Acho que eu não fui a única que notou o sarcasmo dela porque Adam a olhou com uma sobrancelha levantada e Jessica sufocou uma risada.
__ Não. Era só isso mesmo. Só queria deixar claro que o Louis não teve culpa de nada, eu só fui uma fã como todas às outras que não resistiu em beijar ele. - deixei bem claro. - E que também o blog que postou a foto não é meu.
Ela ficou com uma cara de, me desculpem a expressão, cú, mas tudo bem.
__ Obrigada pela entrevista, poderia tirar uma foto? - Jessica perguntou balançando uma camera na mão.
__ Sem problema. - Respondi.
__ Então, obrigada, tchau. - Florence falou sem nem ao menos apertar a minha mão e saiu. Jessica e Adam se olharam.
__ Pode parar ali? - Ela indicou a parede atrás de mim.
__ Sim. - Falei indo até lá.
Nem sei que cara eu fiz quando ela tirou a foto.
__ Eu vou indo. Foi muito bom conhecer você. - Adam falou apertando a minha mão.
__ Eu digo o mesmo. - falei formal de novo e ele saiu levando notebook e gravador junto.
__ Pode tirar mais uma? - Jessica perguntou. - Por garantia?
Assenti e parei de novo no mesmo lugar.
__ Eu sei que não deve estar fácil pra você, mas pode por favor melhorar essa cara? Quer sair na capa da revista com uma cara emburrada? - O jeito que ela falou foi tão engraçado que eu não me controlei e ri. Depois me recompus e fiz uma cara melhorzinha.
__ Não ficou perfeita, mas está melhor. - Ela falou saindo detrás da câmera.
__ Já tá bom então. - Falei.
__ Eu só te digo uma coisa, não se preocupa não que vai sair tudo igualzinho o que você falou. A Florence é meio "nojenta" - Ela falou fazendo aspas com as mãos. - Mas ela não seria louca de queimar a imagem da revista de novo publicando algo falso.
__ De novo? - Perguntei sem entender.
__ É. Foi ela que autorizou postarem aquela outra notícia falsa no site. Ela só veio aqui hoje forçada pelo chefe. Deu pra perceber a falta de vontade dela?
__ Sinceramente, deu. - Eu falei e ela riu.
__ Só vou me apresentar melhor, meu nome é Jessica como ela disse, mas pode me chamar de Jess. Eu tenho vinte e um anos e sou estagiária aqui. Mais na fotografia, sabe? - Ela falou balançando a câmera nas mãos dela.
__ Entendi.
__ Aqui o meu cartão. - Ela falou me passando o cartão dela.
__ Obrigada. - Falei pegando.
__ Foi bom conhecer você, já está liberada.
__ Foi bom também conhecer. - Falei. - Então tchau.
__ Tchau. - Ela disse sorrindo e abanou pra mim.
Sorri também e saí. Andei de volta até o saguão e lá encontrei minha mãe conversando animadamente com Carlos.
__ Ah! Oi filha. - Ela disse olhando pra  mim. - Então eu já vou indo. - Ela disse pra ele.
__ Ah! Então pega o meu cartão. - Ele disse passando a cartão dele pra ela.
__ Obrigada. - Ela responde pegando. - Tchau.
__ Tchau. - Ele sorriu e nós saímos.
Dentro do carro a minha mãe me perguntou:
__ Como foi?
__ Bem, eu esclareci tudo. - Pensei alguns segundos e disse. _ pelo menos quase tudo.
__ o que faltou? - Ela me perguntou. 
__ Nada, foi o que sobrou...
Ela cerrou os olhos para mim e eu esclareci tudo pra ela. Contei que tinha tomado toda a culpa do Louis para mim.
__ Acho muito bonito da sua parte ter limpado a reputação dele, mas e a sua?
Suspirei.
__ A minha não é tão importante quanto a dele. Não sou famosa. Mas mesmo assim, eu não to com a minha reputação muito suja.
__ não? - Ela levantou a sobrancelha para mim.
__ pelo menos não mudou muita coisa. Continuam falando mal de mim do mesmo jeito.
Ela suspirou.
__ Mas você fez o que achou certo, não é? Então está certo... - Ela falou e ligou o carro.
~sábado~
Eu me acordei feliz... não tipo feliz! mas tipo, feliz. Minha vida não estava perfeita, mas estava se ajeitado...
E agora eu ia no shopping com a minha mãe. Nós duas chegamos à conclusão de que deveríamos ir espairecer um pouca a mente dos problemas. Minha mãe estava com um cartão sem limites e ela disse: Nos preocuparemos depois com os preços... Fiquei feliz em saber que não teria limites!
Fomos já às nove horas para o shopping. Nossos planos eram: ver coisas e comprar coisas até o almoço, então almoçaríamos no shopping. Depois disso veríamos qualquer filme idiota que estivesse em cartaz, e por último veríamos mais algumas coisas até às cinco horas, quando voltaríamos para casa.
Chegando em casa ela disse que separaríamos as peças de roupa para doação, eu tinha certeza que iria todo o meu guarda-roupa fora...
__ O que acha dessa? - Minha mãe me perguntou mostrando uma saia curta, rodada de florzinhas vermelha.
__ Linda! - Respondi. - Mas é outono, quase inverno.
__ Tenha criatividade! Uma arquiteta precisa ter criatividade!
Ri do modo como ela falou.
__ Tudo bem. Eu experimento com uma calça.
Ela fez uma careta.
__ Acho que não uma calça, mas uma meia calça de lã ficaria legal, não acha?
__ Não acho nada, eu só perco. - Falei rindo e ela riu da minha piada sem graça.
No final eu acabei comprando a saia e a tal meia calça de lã. Não sei como, mas ficou muito legal.
Depois fomos em outra loja e só lá eu comprei cinco calças e sete blusas. Nunca gastei tanto na minha vida!
Fomos em uma loja de calçados e eu comprei três tênis e uma sapatilha.
Depois ajudei minha mãe a escolher um vestido, o que não deu muito certo já que ela acabou levando os dois.
Depois fomos almoçar e no cinema, onde rimos do filme que era para ser de drama, mas foi uma comédia.
Depois do cinema, às compras de novo. Como é inverno na semana que vem eu preciso de algumas roupas de frio, não? Enquanto eu escolhia casacos e blusões minha mãe aproveitava para ver presentes de natal...
Comprei três casacos lindos e dois blusões. Ah! E claro, mais uma calça e outra blusa de manga cumprida.
Depois disso voltamos para casa sorrindo e contentes. Eu só reaproveitei duas ou três peças de roupas minha, o resto foi tudo em uma caixa para doação. Minha mãe fez o mesmo, mas aproveitou muitas peças de roupa. Ao total enchemos duas caixas de roupa.
Depois no jantar o clima se desaliviou. Meu pai não quis jantar em casa, e como nos outros dias dormiu no sofá. 
~domingo~
Me acordei bem cedo, era a mudança do meu pai. As caixas com as coisas dele estavam amontoadas na sala. Entre elas roupas e materiais de escritório. Mesmo eu não tendo uma ótima relação com ele foi muito difícil de dizer "tchau" e deixar ele ir embora.
__ Seunome, eu sei que eu não fui um ótimo pai, mas quando você quiser pode ir me visitar. Eu vou sentir saudades. - Eu sabia que o que ele estava falando era verdadeiro pelo simples fato de seus olhos estarem cheios de lágrimas.
__ Eu também, pai. - Falei e o abracei.
__ Tchau filha. - Ele falou.
__ Tchau pai. - Falei secando uma lágrima no canto do meu olho.
__ Tchau. - Ele falou mais formal para a minha mãe.
__ Tchau. - Ela falou com a mesma formalidade. E então ele saiu porta afora...

Continua... _________________________________
Hi minhas crazy mofos!!
Eu sei que eu passei bastante tempo sem postar, acho que uns quatro dias, não é?
Mas, enfim, eu estava ocupada e nunca tinha tempo para terminar esse big capítulo.
Esse é o ponto final do problema "um beijo apenas", agora terão mais coisas entre Louis e Seunome... Ops! Já estou falando de mais, acho que agora é vocês que tem que falarem.
O que estão achando? Hein?
Eu só queria falar outra coisinha, eu ainda não tinha dito quais eram as profissões dos pais da Seunome, mas eu acho que vocês já viram que a mãe dela é advogada, né? e ganha bem...
E o pai dela também ganha bem, ele faz parte da diretória de uma grande empresa, ou seja, Seunome não é uma pobre coitada.
Então espero comentários...
Malikisses liamdas....