__ Não, não se desculpe, precisamos saber exatamente o que estava acontecendo. - Eu disse. - Pode dizer o que quiser desde que não desrespeite ninguém.
~ Shana on ~
Seunome, como sempre, parecia uma política.
Ela tinha dado os termos, que não me agradaram muito, mas todo mundo a respeitava. Ela era tão centrada quanto eu, e às vezes me dava inveja porque ela é boa em tudo e todos os garotos babam por ela.
E esse garoto aqui era mais um desses. Ele se sentou no sofá, baixou a cabeça e fez um gesto para que nos sentássemos também. Nós nos sentamos.
__ Então...? - Disse Seunome.
__ A família era estranha, me desculpem, mas é a verdade. Elas de uns dias pra cá estavam nervosas e a mãe brigou com a garota antes da fuga.
__ Fuga? - Seunome perguntou confusa.
__ É, é como a vizinhança chama.
__ Certo, e como foi essa briga? - Seunome perguntou inclinando a cabeça em direção ao garoto.
O garoto pareceu meio nervoso, mas depois inclinou a cabeça em direção à Seunome também e falou bem baixinho, tanto que eu tive que me aproximar mais para ouvir também:
__ A garota não queria ir embora, e pelo menos queria saber por que estavam abandonando a vida dela de novo. Parece que isso já aconteceu outras duas vezes.
Seunome trocou um olhar comigo.
__ Como assim? - Perguntei.
O garoto olhou para mim com receio, então parece que acabou decidindo que valia a pena contar para mim, mas não antes de lançar um olhar à Seunome e ela o incentivar assentindo a cabeça.
__ A garota, a... amiga de vocês disse que não queria ter que deixar a vida dela para trás de novo. E as amigas dela? Ela agora tinha uma vida aqui e não queria ir embora. Dessa vez era pior do que as duas outras vezes que ela teve que abandonar a vida dela.
__ Ah meu Deus! - Exclamei.
Seunome olhou para baixo pensativa. Então ergueu o olhar para o garoto e o analisou, ele engoliu em seco e ela sorriu.
__ Obrigada Érick, você nos ajudou bastante. Você não se lembra de mais alguma coisa?
Ele olhou para Seunome com receio e então disse:
__ Tipo o quê? - Estava na cara que ele não sabia o que podia ser considerado desrespeitoso, por isso todo esse cuidado dele.
__ Tipo para onde elas foram depois.
__ Eu não sei para onde elas foram. - Ele respondeu.
__ Eu só quero a direção para a qual elas seguiram. - Contrapôs Seunome.
__ Eu não vi. - O garoto se defendeu.
__ Está certo então. - Seunome disse. - Tem uma caneta aí?
O garoto assentiu nervosamente e sumiu de vista instantaneamente, então voltou com uma caneta em mãos.
Seunome pegou a caneta e o pulso do garoto que arregalou os olhos. Ela sorriu para ele e então se pôs a escrever alguma coisa na palma dele. Pelo olhar maravilhado do garoto só podia ser o número de telefone dela.
__ Me liga se lembrar de mais alguma coisa. - Então ela saiu sorrindo e eu a segui porta afora.
__ Como você consegue? - Perguntei.
Ela me mirou com a testa franzida.
__ Consigo o quê?
__ Fazer isso. Ser tão boa em seduzir.
Ela soltou uma risada gostosa de se ouvir, outra coisa que às vezes me dava inveja.
__ Eu não seduzi ninguém. Nem devo ser boa nisso. - E eu pude ver que ela realmente acreditava nisso. Como se aquele garoto não estivesse agora mesmo fazendo um santuário só para o número de telefone dela. Eu ainda não entendia como Seunome ainda não tinha chegado a número um da pirâmide feminina do nosso colégio.
__ Certo então. - Encerrei o assunto. - Mas o que descobrimos até agora?
__ Juntando os dois relatos parece que a Sra. Davies e a Chris já se mudaram três vezes às pressas, fugidas. E Chris nem sabe por que é que elas fazem isso.
Assenti.
__ Sim, mas por que então? Será que a Sra. Davies tem algum tipo de paranoia?
__ Não podemos excluir nenhuma hipótese. - Ela constatou. - Ainda bem que conseguimos gravar tudo.
__ Conseguimos o quê? - Perguntei sem entender.
__ As conversas. - Seunome sorriu e então entrou na porta do carona do carro. Entrei na porta do motorista.
__ Como assim? - Perguntei.
Seunome abriu sua bolsa e me mostrou seu celular, a gravação tinha estado rodando todo esse tempo.
__ Assim vamos poder analisar melhor toda a situação. - Essa garota era um gênio. Mais uma vez senti raiva de mim mesma por não ter pensado nisso também.
~ Você on ~
Shana e eu já estávamos quase arrancando com o carro quando eu o vi parado na frente da ex-casa de Chris.
Shana o viu no mesmo instante e exclamou algo com: "Meu Deus!".
Saí do carro logo depois.
__ Seunome, onde você vai? - Ela perguntou enquanto me seguia.
__ Tirar satisfações.
Ele me viu um pouco antes de eu parar na frente dele.
O cabelo escuro, olhos castanho escuros, pele clara. Os olhos dele foram um misto de emoções nada agradáveis assim que entrei na visão periférica de Maicon, mas eu pouco me importei, ele me devia explicações.
__ Seunome. - Ele soltou um suspiro cansado.
__ Se é assim, - Eu disse. - então, Maicon. - Falei com a voz firme.
__ Olha, não sei o que você disse pra Chris mas vai ter que pedir pra ela abrir a porta pra mim.
__ Ela não vai abrir.
__ Seunome, eu sei o que a gente viveu, mas eu preciso falar com a Chris...
__ Não Maicon, ela não vai abrir a porta. Ela não está aqui. - Eu o interrompi.
__ Então onde ela está? - Ele perguntou.
__ Me responda você. - Eu o desafiei.
__ Ele não sabe, Seunome. - Shana tocou meu ombro e eu olhei para ela e vi as lágrimas nos olhos dela. Então eu precisei extravasar a minha raiva.
Olhei duramente para Maicon.
__ Ninguém sabe, ok? Ela sumiu! - Eu gritei a última parte. - E você deve ter um dedo metido nisso.
Ele me encarou e balançou a cabeça.
__ Você acha que fui eu? - Ele perguntou. - Acha que eu sequestrei a Chris? - E ele chegou bem perto de mim com um olhar ameaçador.
Eu não me intimidei, ergui ainda mais o queixo, mesmo que eu tivesse que olhar um pouco mais para cima para encontrar o seu olhar, nossa diferença não era tanta.
__ Não, eu acho que a culpa é sua por ela ter fugido. - Eu disse enquanto me aproximava ainda mais dele de forma a intimidá-lo.
Ficamos nos encarando. Eu vi fúria, raiva, mágoa. Tudo isso nos olhos dele, mas não dei para trás.
Então fui pega de surpresa.
Maicon fez o espaço entre nós nulo e me beijou.
Foi um beijo desesperado, ao qual eu meio correspondi. Ele girou nossos corpos de modo a me encurralar na parede dacasa, segurou meu rosto com as duas mãos e me beijou com a boca faminta.
Seu corpo pressionou o meu contra a parede. Eu praticamente não tinha como sair.
Tentei empurrá-lo, mas não havia como. Maicon era forte. Lindo e forte, mas isso não quer dizer que eu queria que ele me beijasse.
Consegui infiltrar minhas mãos até o seu peito, então o empurrei com toda a força que eu tinha. Isso de longe o tirou de cima de mim, mas o meu movimento pareceu acordá-lo e ele parou o beijo.
Ele olhou para mim e provavelmente os meus olhos estavam arreglados. Ele olhou para o chão e se afastou.
__ Me desculpe, eu... não sei o que deu em mim. - Ele olhou mais uma vez para mim e então se encaminhou até a moto e partiu.
Eu olhei para Shana com os meus olhos ainda arregalados, tenho certeza.
__ Eu não sei bem o que foi isso. - Ela disse o acompanhando com os olhos até o final da rua. Então ela olhou pra mim. - Mas eu sinto muito.
Eu balancei a cabeça.
__ A culpa não foi sua.
__ Eu podia ter feito alguma coisa. - Ela disse.
__ Ele é mais forte do que parece. - Eu disse descartando a possibilidade.
__ Pena que é completamente maluco. - Shana disse vindo para mais perto de mim. - Você está bem? Ele te machucou?
__ Não. - Balancei a cabeça. - Quer dizer, eu tô bem. Ele não me machucou.
__ Mas te beijou a força. - Shana constatou.
__ O que me deixou bem confusa. - Eu falei.
__ Vamos. - Shana pegou meu braço e me guiou até o carro.
__ O pior de tudo é que eu nem pude falar o que eu queria. - Eu disse depois que estava confortavelmente sentada no banco carona.
__ E o que exatamente pretendia falar?
__ Tudo o que ele fez pra Chris, tudo o que as ações dele acarretaram. O fato de que foi magoado não quer dizer que ele pode sair por aí magoando outras pessoas. Xingar ele. Pedir desculpas por tudo o que eu fiz.
__ Você percebeu que essa conversa é um tanto confusa, né? Contraditória e coisa e tal.
__ É, eu percebi, mas são as circunstâncias. Eu tenho que me desculpar porque eu errei, e mostrar pra ele que o que ele está fazendo com toda essa gente é exatamente o que ele não deve fazer.
__ E essa gente é a Chris? - Ela ergueu uma sobrancelha.
__ Chris se encaixa nessa categoria.
__ E você não pensou que ele pode ter vindo aqui para se desculpar com ela?
__ Não sei. - Balancei a cabeça. - Eu nem sei o que pensar. - Suspirei e Shana assentiu. Então ela ligou o carro e eu tentei me concentrar no mistério que tínhamos que resolver, e esquecer pelo menos por enquanto o beijo surpresa que eu tinha acabado de receber.
E esse garoto aqui era mais um desses. Ele se sentou no sofá, baixou a cabeça e fez um gesto para que nos sentássemos também. Nós nos sentamos.
__ Então...? - Disse Seunome.
__ A família era estranha, me desculpem, mas é a verdade. Elas de uns dias pra cá estavam nervosas e a mãe brigou com a garota antes da fuga.
__ Fuga? - Seunome perguntou confusa.
__ É, é como a vizinhança chama.
__ Certo, e como foi essa briga? - Seunome perguntou inclinando a cabeça em direção ao garoto.
O garoto pareceu meio nervoso, mas depois inclinou a cabeça em direção à Seunome também e falou bem baixinho, tanto que eu tive que me aproximar mais para ouvir também:
__ A garota não queria ir embora, e pelo menos queria saber por que estavam abandonando a vida dela de novo. Parece que isso já aconteceu outras duas vezes.
Seunome trocou um olhar comigo.
__ Como assim? - Perguntei.
O garoto olhou para mim com receio, então parece que acabou decidindo que valia a pena contar para mim, mas não antes de lançar um olhar à Seunome e ela o incentivar assentindo a cabeça.
__ A garota, a... amiga de vocês disse que não queria ter que deixar a vida dela para trás de novo. E as amigas dela? Ela agora tinha uma vida aqui e não queria ir embora. Dessa vez era pior do que as duas outras vezes que ela teve que abandonar a vida dela.
__ Ah meu Deus! - Exclamei.
Seunome olhou para baixo pensativa. Então ergueu o olhar para o garoto e o analisou, ele engoliu em seco e ela sorriu.
__ Obrigada Érick, você nos ajudou bastante. Você não se lembra de mais alguma coisa?
Ele olhou para Seunome com receio e então disse:
__ Tipo o quê? - Estava na cara que ele não sabia o que podia ser considerado desrespeitoso, por isso todo esse cuidado dele.
__ Tipo para onde elas foram depois.
__ Eu não sei para onde elas foram. - Ele respondeu.
__ Eu só quero a direção para a qual elas seguiram. - Contrapôs Seunome.
__ Eu não vi. - O garoto se defendeu.
__ Está certo então. - Seunome disse. - Tem uma caneta aí?
O garoto assentiu nervosamente e sumiu de vista instantaneamente, então voltou com uma caneta em mãos.
Seunome pegou a caneta e o pulso do garoto que arregalou os olhos. Ela sorriu para ele e então se pôs a escrever alguma coisa na palma dele. Pelo olhar maravilhado do garoto só podia ser o número de telefone dela.
__ Me liga se lembrar de mais alguma coisa. - Então ela saiu sorrindo e eu a segui porta afora.
__ Como você consegue? - Perguntei.
Ela me mirou com a testa franzida.
__ Consigo o quê?
__ Fazer isso. Ser tão boa em seduzir.
Ela soltou uma risada gostosa de se ouvir, outra coisa que às vezes me dava inveja.
__ Eu não seduzi ninguém. Nem devo ser boa nisso. - E eu pude ver que ela realmente acreditava nisso. Como se aquele garoto não estivesse agora mesmo fazendo um santuário só para o número de telefone dela. Eu ainda não entendia como Seunome ainda não tinha chegado a número um da pirâmide feminina do nosso colégio.
__ Certo então. - Encerrei o assunto. - Mas o que descobrimos até agora?
__ Juntando os dois relatos parece que a Sra. Davies e a Chris já se mudaram três vezes às pressas, fugidas. E Chris nem sabe por que é que elas fazem isso.
Assenti.
__ Sim, mas por que então? Será que a Sra. Davies tem algum tipo de paranoia?
__ Não podemos excluir nenhuma hipótese. - Ela constatou. - Ainda bem que conseguimos gravar tudo.
__ Conseguimos o quê? - Perguntei sem entender.
__ As conversas. - Seunome sorriu e então entrou na porta do carona do carro. Entrei na porta do motorista.
__ Como assim? - Perguntei.
Seunome abriu sua bolsa e me mostrou seu celular, a gravação tinha estado rodando todo esse tempo.
__ Assim vamos poder analisar melhor toda a situação. - Essa garota era um gênio. Mais uma vez senti raiva de mim mesma por não ter pensado nisso também.
~ Você on ~
Shana e eu já estávamos quase arrancando com o carro quando eu o vi parado na frente da ex-casa de Chris.
Shana o viu no mesmo instante e exclamou algo com: "Meu Deus!".
Saí do carro logo depois.
__ Seunome, onde você vai? - Ela perguntou enquanto me seguia.
__ Tirar satisfações.
Ele me viu um pouco antes de eu parar na frente dele.
O cabelo escuro, olhos castanho escuros, pele clara. Os olhos dele foram um misto de emoções nada agradáveis assim que entrei na visão periférica de Maicon, mas eu pouco me importei, ele me devia explicações.
__ Seunome. - Ele soltou um suspiro cansado.
__ Se é assim, - Eu disse. - então, Maicon. - Falei com a voz firme.
__ Olha, não sei o que você disse pra Chris mas vai ter que pedir pra ela abrir a porta pra mim.
__ Ela não vai abrir.
__ Seunome, eu sei o que a gente viveu, mas eu preciso falar com a Chris...
__ Não Maicon, ela não vai abrir a porta. Ela não está aqui. - Eu o interrompi.
__ Então onde ela está? - Ele perguntou.
__ Me responda você. - Eu o desafiei.
__ Ele não sabe, Seunome. - Shana tocou meu ombro e eu olhei para ela e vi as lágrimas nos olhos dela. Então eu precisei extravasar a minha raiva.
Olhei duramente para Maicon.
__ Ninguém sabe, ok? Ela sumiu! - Eu gritei a última parte. - E você deve ter um dedo metido nisso.
Ele me encarou e balançou a cabeça.
__ Você acha que fui eu? - Ele perguntou. - Acha que eu sequestrei a Chris? - E ele chegou bem perto de mim com um olhar ameaçador.
Eu não me intimidei, ergui ainda mais o queixo, mesmo que eu tivesse que olhar um pouco mais para cima para encontrar o seu olhar, nossa diferença não era tanta.
__ Não, eu acho que a culpa é sua por ela ter fugido. - Eu disse enquanto me aproximava ainda mais dele de forma a intimidá-lo.
Ficamos nos encarando. Eu vi fúria, raiva, mágoa. Tudo isso nos olhos dele, mas não dei para trás.
Então fui pega de surpresa.
Maicon fez o espaço entre nós nulo e me beijou.
Foi um beijo desesperado, ao qual eu meio correspondi. Ele girou nossos corpos de modo a me encurralar na parede dacasa, segurou meu rosto com as duas mãos e me beijou com a boca faminta.
Seu corpo pressionou o meu contra a parede. Eu praticamente não tinha como sair.
Tentei empurrá-lo, mas não havia como. Maicon era forte. Lindo e forte, mas isso não quer dizer que eu queria que ele me beijasse.
Consegui infiltrar minhas mãos até o seu peito, então o empurrei com toda a força que eu tinha. Isso de longe o tirou de cima de mim, mas o meu movimento pareceu acordá-lo e ele parou o beijo.
Ele olhou para mim e provavelmente os meus olhos estavam arreglados. Ele olhou para o chão e se afastou.
__ Me desculpe, eu... não sei o que deu em mim. - Ele olhou mais uma vez para mim e então se encaminhou até a moto e partiu.
Eu olhei para Shana com os meus olhos ainda arregalados, tenho certeza.
__ Eu não sei bem o que foi isso. - Ela disse o acompanhando com os olhos até o final da rua. Então ela olhou pra mim. - Mas eu sinto muito.
Eu balancei a cabeça.
__ A culpa não foi sua.
__ Eu podia ter feito alguma coisa. - Ela disse.
__ Ele é mais forte do que parece. - Eu disse descartando a possibilidade.
__ Pena que é completamente maluco. - Shana disse vindo para mais perto de mim. - Você está bem? Ele te machucou?
__ Não. - Balancei a cabeça. - Quer dizer, eu tô bem. Ele não me machucou.
__ Mas te beijou a força. - Shana constatou.
__ O que me deixou bem confusa. - Eu falei.
__ Vamos. - Shana pegou meu braço e me guiou até o carro.
__ O pior de tudo é que eu nem pude falar o que eu queria. - Eu disse depois que estava confortavelmente sentada no banco carona.
__ E o que exatamente pretendia falar?
__ Tudo o que ele fez pra Chris, tudo o que as ações dele acarretaram. O fato de que foi magoado não quer dizer que ele pode sair por aí magoando outras pessoas. Xingar ele. Pedir desculpas por tudo o que eu fiz.
__ Você percebeu que essa conversa é um tanto confusa, né? Contraditória e coisa e tal.
__ É, eu percebi, mas são as circunstâncias. Eu tenho que me desculpar porque eu errei, e mostrar pra ele que o que ele está fazendo com toda essa gente é exatamente o que ele não deve fazer.
__ E essa gente é a Chris? - Ela ergueu uma sobrancelha.
__ Chris se encaixa nessa categoria.
__ E você não pensou que ele pode ter vindo aqui para se desculpar com ela?
__ Não sei. - Balancei a cabeça. - Eu nem sei o que pensar. - Suspirei e Shana assentiu. Então ela ligou o carro e eu tentei me concentrar no mistério que tínhamos que resolver, e esquecer pelo menos por enquanto o beijo surpresa que eu tinha acabado de receber.
